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sexta-feira, 3 de junho de 2011

JOGUE LIMPO COM O MEIO AMBIENTE

“Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22)

           Poucas discussões no Congresso foram tão acaloradas como o debate a cerca do Código Florestal.  Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, afirmou: “A presidente Dilma me pediu para dizer que essa proposta é uma vergonha!”. Já o deputado Aldo Rebelo, o relator do projeto do novo Código Florestal, exigiu, esbaforido, que o presidente da Câmara, Marco Maia, interpelasse o líder sobre a afirmação de que Dilma criticou a emenda. O debate, tirando a questão político-ideológica, demonstrou que precisamos jogar limpo com o meio ambiente.

Depois da aprovação do novo Código, o clima, em vez de ficar mais tranquilo, continuou quente. A base governista defendia que a presidente Dilma Rousseff deveria vetar o novo Código Florestal, caso o Senado não faça as devidas correções ao texto. “Não há meio-termo. Se o Senado não corrigir o texto do Aldo Rebelo, o veto de Dilma ao novo Código Florestal tem que ser total. A maioria dos artigos do projeto está interligada, não há como vetar apenas alguns deles de forma isolada”, afirma o deputado federal Dr. Rosinha. Já o deputado federal Eduardo Sciarra comemorou a aprovação do texto. Segundo ele, os produtores rurais estavam sendo ameaçados por uma legislação que deixava na ilegalidade cerca de 90% dos agricultores do país. “Não tem cabimento um País como o nosso, que depende da agropecuária para suas divisas, para a geração de emprego, penalizar seus produtores”, afirmou Sciarra.

Diante de posições tão antagônicas cabe uma pergunta. Quem sai ganhando e quem sai perdendo com o Novo Código Florestal aprovado na Câmara? Segundo vários analistas, a votação do novo Código demonstrou que os grandes grupos ligados ao agronegócio brasileiro ganham. O que eles querem, na verdade, é uma licença para desmatar e avançar sobre novas fronteiras agrícolas, como a Amazônia. Para os analistas não restam dúvidas, que essa nova legislação não apóia em nada o pequeno agricultor e muito menos visa tornar a nossa agricultura mais competitiva. O novo código prevê que lavouras sejam plantadas dentro de áreas de proteção permanente, áreas essas formadas nas margens de rios, lagos e córregos. Diante disso, uma coisa parece certa. Quem sai perdendo é o meio ambiente. Nossos políticos não estão jogando limpo. Por isso é preocupante o futuro de nossa fauna, flora, matas, rios e, sobretudo o futuro das próximas gerações.

A igreja tem que jogar limpo com o meio ambiente. Ela não pode ignorar o debate sobre as questões ambientais. Precisa ser despertada para estimular uma ação ambiental consciente dos cristãos e desenvolver uma educação socioambiental.  Portanto, hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, é apropriado para refletirmos sobre como lidamos com o lixo, como utilizamos a água e como lidamos com a energia elétrica. A reciclagem e o uso adequado da água e da energia são pequenas ações que podem ajudar na formação de uma consciência ambiental capaz de influenciar a vizinhança, o bairro, a cidade.


Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

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