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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PAZ PARA TODOS

“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação” (Is 52.7).

Neste final de ano ouvimos muito falar em UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em função da invasão policial da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. As UPPs fazem parte da estratégia de ocupação das favelas cariocas e do combate ao crime organizado. É uma política de segurança pública para facilitar a atuação do governo, na tentativa de pacificar áreas de conflitos, onde marginais e traficantes dominam a população com violência e se refugiam em locais de difícil acesso. A proposta é levar a paz para todos os moradores da Cidade Maravilhosa e, a partir dessa experiência, para todo o Brasil.

No entanto soa um pouco estranho falar em paz para todos os cariocas, para todos os brasileiros, para todos os habitantes da terra. Diariamente ouvimos notícias sobre guerras, conflitos armados, brigas, intrigas em diversos lugares do mundo. Mas mesmo parecendo estranho concordamos com profeta Isaías quando afirma ser “bonito ver um mensageiro correndo pelas montanhas, trazendo notícias de paz, boas notícias de salvação” (Is 52.7).

Aqui vale fazer uma distinção entre paz aparente e paz real. A primeira pode ser encontrada em uma favela que vive sobre a proteção de uma UPP, em uma pequena cidade do interior com vida tranquila e mansa, em uma nação que não está em guerra, em uma família que vive em harmonia e se dá bem com os vizinhos. A segunda não tem espaço geográfico e não depende de circunstâncias, ela pode acontecer em qualquer lugar e em qualquer situação. A paz proposta pelo profeta Isaias ao povo de Deus que vivia no exílio é real e está atrelada ao nascimento do messias. A cidade de Jerusalém estava arrasada. Em meio aos escombros da Cidade Santa, os filhos de Deus poderiam cantar louvores. Isto porque Israel, mesmo oprimido, tinha como aliado a promessa de paz com Deus centrada no Salvador prometido.

Hoje no Natal nos lembramos que a paz em Cristo é definitiva e está acima de qualquer preocupação. Não há relações pessoais, familiares, guerras, violência, corrupção ou maldade que possam impedi-la. Também não há ninguém que possa concedê-la. Somente Jesus através do perdão de nossos pecados. Esta é a paz real que vem da manjedoura, que vem de Belém, que vem do Natal. A paz real que foi anunciada por um coro angelical: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens”.

Natal é paz real hoje e sempre para todos os que crêem. Amém!


Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

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