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sexta-feira, 5 de março de 2010

CENTENÁRIO DO DIA 8 DE MARÇO

“(...) nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. (Gl 3.28)

Há 100 anos, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, na Dinamarca, aprovou a criação de um Dia Internacional da Mulher. A data escolhida foi o dia 8 de março, em homenagem a 129 mulheres, funcionárias de uma empresa têxtil norte-americana, que por reivindicarem melhores condições de trabalho e salários, morreram queimadas, depois que os patrões atearam fogo ao prédio onde elas estavam.

Desde então muita coisa mudou. É sensível a ascensão da mulher no mercado de trabalho. Também é possível perceber a mulher ocupando espaço em todas as áreas da atividade humana. Hoje temos mulheres à frente de grandes grupos econômicos, atuado na administração publica como governadoras de estado, desempenhando importante papel de liderança no Congresso Nacional, na magistratura, na indústria, no comércio, na educação e por ai vai. Sem dúvida houve grandes conquista na luta das mulheres por igualdade, autonomia e liberdade.

Mas a luta continua. Infelizmente ainda temos mulheres que exercem um trabalho igual ao do homem, mas percebem um salário menor. Existem mulheres que são espancadas pelos seus companheiros e se calam. Muita ainda são vistas apenas como objeto para a realização desejo dos homens. São muitas as discriminações sofridas pelas mulheres. Por mais que elas demonstrem força e coragem, ainda são vistas como inferiores aos homens.

Na igreja deveria ser diferente. Afinal afirmamos nossa fé em um Deus que não faz acepção de pessoas (Rm 2.11, 1Pd 1.17) e que distribui dons como lhe apraz, a cada um, indistintamente (1Co 12.11). Em nossa denominação temos presbíteras e pastoras. Mas mesmo assim, temos que admitir que o preconceito em relação à mulher não desapareceu. Já ouvi presbítero dizer: “Convidamos para ser nosso pastor o Rev. Fulano de Tal. Sua esposa também fez teologia e é pastora. Assim a gente fica com dois pastores a preço de um”. Essa fala, mesmo dita em tom de brincadeira, revela um grave preconceito quanto à mulher.

Portanto, ao comemorar o centenário do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, precisamos humildemente reconhecer nosso preconceito, se arrepender e pedir perdão a Deus. Precisamos reafirmar nossa fé de que homem e mulher são um em Cristo Jesus. Amém!



Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

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