MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

OLHANDO PARA TRÁS E PARA FRENTE

“Serás uma coroa de glória na mão do SENHOR, um diadema real na mão do teu Deus”. (Isaias 62.3).

Estamos no fim do ano. Hoje é o primeiro domingo depois do Natal e o último do ano. Com certeza tivemos alegrias, vitórias, conquistas, momentos marcantes durante o ano que se finda. Mas também tivemos tristezas, frustrações, angustias, sofrimentos e oportunidades perdidas. Mas o que passou, passou. É preciso olhar para frente como diz o filósofo Soren Kierkergaard: "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente”.

Antes de olhar para frente e seguir nosso rumo, precisamos olhar para trás extrair as lições do que passou. Reconhecer que falhamos em relação ao compromisso com Deus e com nossa família. Erramos como cônjuge, como pais e como filhos, como patrões e como empregados, como amigos e irmãos. Este não é apenas um momento de reflexão sobre o passado, mas um tempo de arrependimento, de pedir perdão e perdoar, de aproximação e de reconciliação.

Se por um lado é tempo de reavaliar o passado e de se arrepender, por outro é tempo de celebração. Precisamos celebrar a bondade, a misericórdia, a graça de Deus que foram abundantes durante este ano. Não podemos deixar de celebrar o grande amor e compaixão de Deus por nós a ponto de enviar seu filho Jesus para nos remir de todo o pecado. O passado contém indícios de que o mesmo Deus que esteve conosco nos conduzindo na fé, continuará a nos guiar durante a caminhada do próximo ano.

A vida só pode ser vivida, olhando-se para frente. Talvez por isto que a cada final de ano nos deparamos com varias profecias, previsões e promessas sobre o que vai acontecer no ano que esta chegando. Mas estes prognósticos só trazem confusões àqueles que não sabem discernir entre o verdadeiro e o ilusório. Olhar para frente significa olhar para as promessas de Deus. Se estivermos nas mãos do Senhor seremos como um coroa de gloria, como um diadema real. Isto significa que submissos a sua palavra nossa vida irá refletir a grandeza de Deus.

Olhando para trás e para frente descobrimos que temos um Deus em quem podemos confiar. Em Cristo Jesus, temos a garantia de que os erros do nosso passado serão perdoados. Temos também a garantia de o nosso futuro será abençoado. Portanto, no ano que se aproxima, todos nós, confiados na graça de Deus seremos como um diadema real, revelando a presença e a autoridade de Deus no mundo. Amém!
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A LUZ QUE VEIO DO CÉU

“O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Isaias 9.2).

Como você olha para o céu? O homem do campo olha para o céu para tentar descobrir se vai chover ou não. O astrólogo olha para o céu para escrever o horóscopo das pessoas que acreditam na influência dos astros sobre a vida humana. O astrônomo olha para o céu cientificamente com a intenção de estudar a constituição, a posição e os movimentos dos astros. Outros olham para o céu para buscar forças ou agradecer a Deus. “Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste” (João 11.41). Os evangelhos contam que os magos olhando para o céu viram a estrela e guiados por ela chegaram a Belém e encontraram o menino Jesus em uma manjedoura.

Muitos anos antes dos magos, o profeta Isaias olhando para o sofrimento do povo fala do nascimento de um menino. O povo que estava em trevas iria desfrutar de uma grande luz como resultado do governo que este menino exerceria. O seu nome seria Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Mais tarde a igreja identifica o seu nascimento com menino Jesus, o Príncipe da Paz (Mt 4.16). João diz no seu evangelho, que Jesus veio como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que vier a crer nele não permaneça nas trevas (João 12:46).

Nesta época do ano somos envolvidos pelo corre-corre das compras, das confraternizações, das celebrações. Mas esperamos que em meio a este turbilhão você consiga parar e olhar para o céu. Olhando para o céu pense na grandeza de Deus que criou todo o universo. Da sua imensidão, Deus olhou para mim e para você com olhar de amor e de compaixão, e vendo que estávamos em trevas, enviou Jesus seu único filho para nos salvar e nos dar vida eterna.

Muitos anos, séculos já se passaram, mas a mensagem do natal continua a mesma. Jesus, o Deus feito gente, veio a este mundo, sofreu o nosso castigo para que pudéssemos ter vida, vida com abundância, vida iluminada. Agora, o que precisamos fazer tirar nossos olhos dos céus e através da fé em Jesus viver em paz e harmonia uns com os outros.

Tenham um Feliz Natal!


Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

sábado, 13 de dezembro de 2008

FRUTOS DA PALAVRA

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão” (Salmo 126.5).


Já estamos no terceiro domingo de Advento. Natal e o fim do ano se aproximam. Certamente começam a povoar a mente de muitos as boas e as más experiências desses onze meses e meio de 2008. Houve momentos em que os abraços, sorrisos, o bate-papo alegre e descontraído pareciam distantes. Mas também houve aqueles em que o riso saía fácil, a confraternização era real e a felicidade parecia ancorada. Algumas coisas abateram. Dificuldades no relacionamento com pessoas amadas, problemas financeiros, enfermidades e perdas. No entanto, as mais importantes lições foram extraídas destes momentos de lutas, sofrimentos e angustias.

Por entender que o compromisso com o Reino de Deus é prioritário, alguns, independente de circunstâncias favoráveis e mesmo em meio às dificuldades inerentes à vida, não deixaram de semear a boa semente do evangelho de Jesus Cristo. E durante este ano semearam através de atos de bondade, de misericórdia, de amor. Com distribuição de sorrisos, de alegria, de simpatia por onde passavam. Também semearam compartilhando a fé e a esperança em Jesus Cristo.

Alguns estudiosos da vida e obra do reformador João Calvino afirmam: “Calvino não tinha outra arma senão a Bíblia. Ele pregava a Bíblia todos os dias, e, sob o poder desta pregação, a cidade começou a ser transformada. Conforme o povo de Genebra adquiria conhecimento da Palavra de Deus e era transformado por ela, a cidade tornou-se, como Jonh Knox chamou-a mais tarde, uma nova Jerusalém, de onde o evangelho espalhou-se para o resto da Europa, para a Inglaterra, e para o Novo Mundo”. Pessoas dessa natureza são frutos da Palavra de Deus. A semente lançada em seus corações germina, cresce e frutifica e em meio à alegria se dá a colheita dos frutos. João Calvino semeou com lagrima, lutas e sofrimento, mas colheu com alegria os frutos da Palavra de Deus em sua vida e na vida de toda uma geração.

Hoje, além do terceiro domingo de Advento é também o Dia da Bíblia. Como cristãos e herdeiros da reforma calvinista devemos semear a mensagem da Bíblia em qualquer época e em qualquer circunstância. Crendo que no tempo apropriado colheremos com júbilo os frutos da Palavra de Deus. Amém!
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

JOÃO BATISTA NO ADVENTO

“Arrependam-se dos seus pecados e sejam batizados, que Deus perdoará vocês” (Mc 1.4).


Estamos em pleno Advento. As cidades se enfeitam. O comércio se prepara para as vendas. As casas se abastecem para as ceias. As igrejas se iluminam para o culto de Natal. Tudo isto emoldura esta época do ano, mas precisamos também olhar atentamente para João Batista. Não é possível passar pelo Advento sem refletir sobre este personagem e sua mensagem.

João Batista é uma figura exótica e desafiadora. Seu nascimento foi predito de forma espetacular. O pai é o sacerdote Zacarias. Durante o exercício do seu ministério no templo, um anjo revela que sua mulher Isabel dará a luz um filho cujo nome será João. Já adulto, vive no deserto trajando uma roupa feita de pêlos de camelo e um cinto de couro. A alimentação era de gafanhotos e mel do mato. Andava pelo deserto pregando a urgência do arrependimento. Ele era a voz que clamava do deserto. Profecias indicavam ser ele o precursor do Messias, o mensageiro que prepararia o caminho para a chegada de Jesus.

Duas coisas me chamam a atenção quando penso em João Batista. Primeiro é sua pregação incisiva, direta, sem rodeios. Ele não se preocupava em agradar seus ouvintes. Sua mensagem era uma convocação para uma mudança radical nas atitudes e comportamentos. Aponta para a necessidade de arrependimento para a remissão dos pecados. Somente assim seria possível andar com Deus. Segundo é sua coragem. Desprendeu-se de tudo que pudesse significar segurança e conforto. Correu o risco para servir com fidelidade o seu Deus. Terminou seu ministério sendo preso, condenado e decapitado.

Hoje a igreja tem dificuldade com pregadores como João Batista. Prefere os mensageiros de bênção, libertação, prosperidade sem a necessidade de arrependimento e mudança de vida. A Igreja também admira pessoas corajosas e humildes como João Batista. Mas tem dificuldade em seguir os seus passos, em imitar o seu exemplo. O testemunho da Igreja de hoje é acanhado para não dizer covarde.

Portanto, hoje, segundo domingo de Advento temos a oportunidade de confessar nossas falhas e pecados e pedir perdão a Deus. Os frutos do nosso arrependimento serão percebidos na relação fraterna com o nosso próximo. Também serão percebidos no testemunho corajoso da Igreja quando esta for fiel a mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Agindo assim a Igreja estará preparando o caminho para a volta do Messias. Amém!




Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz