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quinta-feira, 13 de março de 2008

SEM ARMAS, SEM EXÉRCITOS

Eis aí vai o mundo após ele. (João 12:19)



Na madrugada do sábado, dia primeiro de março, em uma operação militar, a Força Aérea Colombiana bombardeou um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano e feriu de morte o líder número dois do grupo, Raúl Reyes e ainda outros 16 guerrilheiros.


Foi o suficiente para que o governo do Equador anunciasse o rompimento das relações diplomáticas do país com a Colômbia, alegando uma evidente violação da soberania nacional e da integridade territorial do Equador. Por outro lado a o governo Colombiano se justificava dizendo ter indícios da ligação de autoridades equatorianas com guerrilheiros das Farc. Como se não bastasse, o presidente da Venezuela Hugo Chaves, que não tinha nada a ver com o caso, criticou a ação colombiana ameaçando deflagrar uma guerra e enviou tropas militares para a fronteira com a Colômbia. O mesmo fez Rafael Correia do Equador. No livro de provérbios Salmão afirma que “qualquer tolo pode começar uma briga”. Começar uma guerra é fácil, difícil é estabelecer a paz. Depois de uma guerra de palavras, através da Organização dos Estados Americanos (OEA), chegou se a um acordo para o restabelecimento da paz na região, mas não foi nada fácil.


Este evento me fez pensar no contraste com a atitude de Jesus. Em sua época o povo vivia sob a rigidez do império romano. Sonhavam com um libertador, um messias, um líder que os tirasse daquela situação humilhante. Jesus inicia o anuncio de um novo tempo, realizando milagres e se opondo aos lideres religiosos. Uma semana antes de ser entregue as autoridades, para ser julgado e crucificado, entra na capital de seu país, Jerusalém, montado em um jumentinho sem armas, sem exércitos. Alguns do povo estendiam roupas, outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho para ele passar. A multidão clamava “Hosana! Bendito o rei que vem em nome do Senhor”.


Todos os evangelistas narram esta entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumento como cumprimento de uma profecia do Antigo Testamento. Em Zacarias 9: 9-10, o profeta afirma que este rei destruiria as armas de guerra. O profeta fala de Jesus, o rei sem armas, sem exércitos que se oferece como sacrifício pela paz. O povo entendeu a realeza de Jesus, mas não percebeu a ênfase na paz. Os religiosos, espantados, afirmavam que o mundo todo ia atrás dele.


Amados, neste Domingo de Ramos, quando recordamos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, vamos reafirmar nossa esperança de que o mundo todo siga a Jesus. Quando isto de fato acontecer, a paz será definitivamente estabelecida sem armas, sem exércitos.



Rev Ezequiel Luz

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